ESPECIALISTA DÁ DICAS DE COMO EVITAR INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS) NO CARNAVAL

Diversão, prevenção responsabilidade devem andar juntas

O Carnaval é uma das festas mais aguardadas do ano. Em 2025, com feriado prolongado devido à Data Magna (6), serão seis dias de blocos carnavalescos, shows e muita diversão. A folia, no entanto, requer muita atenção à saúde, especialmente em relação às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), os diagnósticos de sífilis, por exemplo, apresentaram uma alta alarmante nos últimos anos. Com base em informações atualizadas em 22 de agosto de 2024, a taxa da doença adquirida passou de 77,5% para 123,5% em comparação ao mesmo período de 2023.

Marcela Marinho, infectologista da Hapvida, diz que, para aproveitar a festa de forma segura, as pessoas devem evitar se expor a comportamentos de risco. “O uso de preservativo durante as relações sexuais é o método mais eficaz na prevenção de transmissões de ISTs como HIV, sífilis, gonorreia e HPV”, explica.

Em paralelo, a especialista alerta que a camisinha também reduz a disseminação de hepatite B e C, além de prevenir uma gravidez indesejada.

Muitas ISTs podem ser assintomáticas, o que significa que uma pessoa pode estar transmitindo uma infecção sem saber. A infectologista recomenda fazer exames de saúde periodicamente, especialmente quem leva uma vida sexual ativa. Segundo ela, a medida pode facilitar a identificação e o tratamento.

Entretanto, a prevenção não se limita ao uso do preservativo. A médica alerta sobre a importância de buscar orientação caso haja algum sintoma suspeito, como secreções anormais, ardor ao urinar ou feridas genitais. “Algumas ISTs, quando tratadas corretamente, podem ser controladas e curadas. Mas é necessário que as pessoas busquem o médico o quanto antes”, reforça.