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GALERIA BOI ABRE AS PORTAS EM CARUARU COM EXPOSIÇÃO COLETIVA NOVA FORNOS 

GALERIA BOI ABRE AS PORTAS EM CARUARU COM EXPOSIÇÃO COLETIVA NOVA FORNOS 

Foto: Divulgação

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Com uma perspectiva que alia formação crítica, agenciamento e orientação de seu elenco, a Galeria Boi será inaugurada no Alto do Moura, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, com a exposição NOVA FORNOS, na próxima quinta-feira (27), às 16h. Com curadoria de Carlos Mélo, a mostra reúne 20 trabalhos de oito artistas de gerações e territórios distintos, com a proposta de apresentar um recorte da arte contemporânea em sua diversidade estética, política e experimental para além dos eixos estabelecidos do circuito de arte. A exposição terá obras de Rafael Chavez (PB), Oriana Duarte (PB), Ratinho (PE), Pedro Vinício (PE), Edson Barros Atikum (PE), Beto Shwafaty (SP), Paul Setúbal (SP) e Beatriz Albuquerque (Portugal).

 

 

O público encontrará na mostra formatos e linguagens variados, como as pinturas com formas de botijas de Rafael Chavez, os objetos aceleradores de partículas de Oriana Duarte, os monstros coloridos de barro de Ratinho, as pinturas faladas de Pedro Vinício, as fissuras político-ambientais de Edson Barrus Atikum, a reescrita histórico-documental de Beto Shwafaty, o corpo como máquina de guerra nas instalações de Paul Setúbal e as narrativas diaspóricas da performer Beatriz Albuquerque. São obras que se cruzam em torno de questões ligadas ao território, à ancestralidade e à experimentação estética.

 

 

Fundada em 2021, em Caruaru (PE), a 130 km do Recife, a Galeria Boi é uma extensão do projeto artístico Primeira Bienal do Barro do Brasil, idealizada pelo artista e diretor Carlos Mélo, em 2014, e apresentada na mesma cidade. O espaço atua como polo de pesquisa, documentação e exibição de produções artísticas contemporâneas, com foco em práticas conceituais e contra-hegemônicas, especialmente oriundas do Agreste pernambucano e outras localidades nem sempre mapeadas no escopo do circuito de arte dito “oficial”.

 

 

Para Carlos Mélo, a proposta da Galeria Boi é deslocar a centralidade do circuito artístico e estabelecer novas conexões. "Não estamos interessados em reproduzir o modelo dos grandes centros, mas em reafirmar que a produção de conhecimento e de potência estética também nasce no interior. O Agreste tem uma economia vibrante, mas historicamente lhe foi negada a formação simbólica necessária para que a arte circule, seja debatida e valorizada. Nossa missão é criar um outro eixo de circulação e formação de arte, ativar redes locais, formar público, tensionar hierarquias territoriais e afirmar que a arte contemporânea não chega para ocupar um vazio, mas para dialogar com práticas, memórias e formas de saber existentes - com novas conexões, não fronteiras”, sintetizou.

 

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